"A SAGRADA COMUNHÃO
Instituição do SANTÍSSIMO SACRAMENTO DA EUCARISTIA
Jesus tomou o pão em suas santíssimas e venerandas mãos e, levantando os olhos ao céu para Deus, seu Pai Onipotente, deu-Lhe graças, benzeu o pão, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:
"Tomai e comei: isto é o meu corpo".
Do mesmo modo tomou o cálice, no qual havia vinho, tornou a dar graças, benzeu-o e apresentou-o aos seus discípulos, dizendo:
"Tomai e bebei dele todos. Este é o cálice do meu Sangue que será derramado por vós. Fazei isto em memória de mim".
(Os santos Evangelhos).
SERMÃO DE JESUS CRISTO
sobre a sagrada Comunhão
Eu sou o pão vivo, que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá eternamente. O pão que eu hei-de dar, é a minha Carne para a vida do mundo.
Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a Carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós. O que come a minha Carne e bebe o meu Sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha Carne e bebe o meu Sangue, fica em mim e eu nele. Assim como eu vivo pelo Pai, assim também o que me come viverá por mim.
(Evangelho de São João, capítulo 6).
PALAVRAS DO APÓSTOLO SÃO PAULO
sobre a preparação à Sagrada Comunhão
O cálice de benção, que benzemos, não é, porventura, a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão, que distribuímos, não é a participação do Corpo de Cristo? Portanto, todo aquele que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do Corpo e do Sangue do Senhor.
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe a sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
(I. Cor. 10,11).
Jesus Cristo: "Vinde a mim, vós todos que estais em trabalhos e aflições, aliviar-vos-ei.
O pão que hei-de dar-vos, é a minha carne para a vida do mundo.
Tomai e comei, isto é o meu corpo. Quem come deste pão, viverá eternamente.
As palavras que vos tenho dito, são espírito e vida".
O Fiel:
1. - São vossas essas palavras, Senhor Jesus, verdade eterna. São, pois, verdades, devo recebê-las todas com gratidão e fé viva. São vossas, pois Vós as dissestes; e também são minhas, porque as dissestes para minha salvação. De boa vontade as recolho dos vossos lábios, para que sejam mais profundamente gravadas no meu coração. Animam-me palavras tão repassadas de piedade, tão cheias de doçura e amor, mas por outra parte meus próprios pecados me atemorizam, a impureza de minha consciência me afasta da recepção de tão altos mistérios.
Sou atraído pela doçura das vossas palavras: porém me oprime a multidão dos meus pecados.
2. - Mandais que a Vós me chegue com grande confiança, se eu quiser ter parte convosco, e que receba o alimento da imortalidade, se desejar obter a glória e a vida eterna. "Vinde a Mim", dizeis, "vós todos que estais em trabalhos e aflições, e aliviar-vos-ei".
Como são doces e amorosas estas palavras aos ouvidos do pecador, quando Vós, Senhor meu Deus, convidais o pobre e o indigente à comunhão do vosso Santíssimo Corpo!
Mas quem sou eu, Senhor, ousar aproximar-me de Vós! Como! Os céus dos céus não Vos podem abranger, e dizeis: "Vinde a mim todos!?"
3. - Donde vem esta misericordiosa mercê, este inestimável convite? Como me atreverei ir a Vós eu que não sinto em mim nenhum bem que possa dar-me alguma confiança? Como vos poderei acolher em minha casa, depois de ter eu pecado tantas vezes diante de vossa face adorável? Os Anjos e Arcanjos Vos adoram tremendo, penetram-se de temor os Santos e os Justos, e Vós dizeis: "Vinde todos a mim!"
Quem poderia crê-lo, se Vós mesmo, Senhor, não o tivésseis assegurado? E se Vós mesmo não o ordenásseis, quem ousaria aproximar-se de Vós?
4. - Ora, Noé, varão justo, trabalhou durante cem anos na construção de uma arca, para salvar-se nela com poucas pessoas; pois como poderei eu, numa hora, preparar-me, para receber dignamente ao Criador do mundo?
Moisés, vosso grande servo e amigo devotado, fez uma arca de madeira incorruptível e a guarneceu de ouro puríssimo, para guardar nela as tábuas da Lei; e eu, criatura sujeita à corrupção, ousarei receber-Vos tão facilmente a Vós, legislador supremo e autor da vida?
Salomão, o mais sábio dos reis de Israel, gastou sete anos a levantar um templo magnífico à glória do vosso Nome. Celebrou, por espaço de oito dias, a festa de sua dedicação, ofereceu mil hóstias pacíficas; e ao som das trombetas, com santo júbilo, colocou, solenemente, a arca da aliança no lugar que lhe havia preparado.
E eu miserável, o mais pobre dos homens, como Vos receber em minha casa, eu que mal posso consagrar atentamente meia hora à oração; e oxalá que mesmo menos tempo dignamente o fizesse!
5. - Ó Deus meu, que não se fizeram aqueles santos varões para agradar-Vos! Mas, ai de mim, quão pouco é o que eu faço! Quão breve tempo por mim ocupado, quando me disponho à comunhão! Raras vezes estou de todo recolhido, e mais raro ainda me vejo livre de toda distração.
E, certamente, na vossa divina e salutar presença, nenhum pensamento impuro deverá assaltar-me, nem ocupar-me a lembrança de criatura alguma, porque não vou hospedar a um Anjo, senão ao Senhor dos Anjos.
6. - O piedosíssimo Rei David manifestou seu contentamento com toda a efusão da alma, dançando diante da arca de Deus, em memória dos benefícios concedidos, então, a seus pais; preparou órgãos de toda sorte, compôs salmos e fez com que fossem jubilosamente cantados, e, inspirado da graça do Espírito Santo, ele mesmo, com frequência, os cantava ao som da harpa; ensinou ao povo de Israel a louvar, de todo o coração, a Deus, a bendizê-lo e exaltá-lo todos os dias com uníssonas vozes.
Pois, se tanta era então a devoção e o fervor em louvor a Deus diante da arca do Testamento, qual não deve ser agora a minha reverência e devoção e a de todo o povo cristão na presença do augustíssimo Sacramento, na Comunhão do sacratíssimo Corpo de Jesus!
7. - Muito correm a diversos lugares para visitar as relíquias dos Santos, e se maravilham à narração de seus efeitos; contemplam a grandeza dos templos edificados em sua honra, e beijam as suas sagradas relíquias, envoltas em seda e ouro. - E aqui, eis que estais Vós, presente no altar, diante de mim, Deus e Senhor meu, Santo dos Santos, Criador dos homens, Rei dos Anjos. Muitas vezes vão os homens às Igrejas, levados da curiosidade e da novidade das coisas que ainda não viram, e daí o pouco fruto da emenda que colhem, mormente, quando nelas entram sem devoção, e andam com leviandade de uma parte para outra sem verdadeira contrição. Mas aqui, no Sacramento do Altar, estais todo presente, Senhor Jesus, Deus e homem; e todas as vezes que Vos recebemos, digna e devotamente, nos encheis de graça que nos fazem eternamente felizes. E a este banquete sagrado não nos traz nenhuma leviandade nem curiosidade nem satisfação dos sentidos, mas uma fé robusta, férvida esperança e caridade sincera.
8. - Ó Deus invisível, Criador do Mundo, como é admirável o vosso modo de agir conosco! Que doçura e bondade dispensais aos vossos eleitos, dando-vos a eles, neste Sacramento, por alimento. Eis o que transcende toda a nossa compreensão, e que faz especialmente arrebatar os corações piedosos, inflamando-lhes o afeto.
Com efeito, os vossos verdadeiros e fiéis servos que em toda a vida procuram a própria emenda, colhem a miúdo deste digníssimo Sacramento um acréscimo considerável de fervor e de amor pela virtude.
9. - Ó graça admirável e oculta do Sacramento, conhecida somente dos fiéis servos de Jesus, e que não pode ser experimentada pelos infiéis e escravos do pecado! É neste Sacramento que se confere a graça espiritual, se recobra, na alma, a força perdida, restitui-se a formosura que a fealdade do pecado lhe tinha roubado.
E esta graça é, algumas vezes, tão abundante, que, pela plenitude da piedade que ela inspira, não só o espírito, como mesmo o corpo débil, sente aumentar as forças.
10. - Por isso, devemos sentir e chorar amargamente nossa tibieza e negligência, vendo o pouco fervor com que recebemos a Jesus, em quem reside toda esperança e todo mérito dos que hão-de salvar. Pois, é Ele a nossa santificação e redenção; Ele é a consolação dos viandantes e a eterna felicidade dos Santos. Quanto não é, pois, para chorar o pouco caso que muitos fazem deste mistério que é a alegria do céu e a salvação do mundo!
11. - Sem dúvida, se este Santíssimo Sacramento se celebrasse em um só lugar, e se consagrasse por um só Sacerdote em todo o mundo, com quanto desejo e afeto não acudiriam os homens para ali e para aquele ministro de Deus, a fim de vê-lo celebrar os divinos mistérios?
Agora, porém, há muitos sacerdotes, e Jesus Cristo se oferece em muitos lugares, para que a graça e o amor de Deus pelo homem tanto mais brilhem, quanto mais profusamente for, pelo mundo, distribuída a Sagrada Comunhão.
Graças Vos sejam dadas, ó bom Jesus, Pastor eterno, que Vos dignastes nutrir a nós, pobres exilados, com o vosso Corpo e precioso Sangue, convidando-nos, com palavras de vossos próprios lábios, a receber estes santos mistérios, dizendo: "Vinde a Mim vós todos que estais em trabalhos e aflições e aliviar-vos-ei".
12. - Ó bom Jesus, Salvador Santíssimo, dignai-Vos suprir benigna e graciosamente, o que me falta; é na verdade, com o suor do meu rosto que trabalho. Meu coração está passado de dor; acabrunham-me os meus pecados. Vivo atribulado de tentações, cercado e oprimido de muitas paixões, e não há quem me possa socorrer, livrar e salvar, senão Vós, meu Deus e Salvador, em cujas mãos me entrego com tudo o que me pertence, para que me guardeis e conduzais à vida eterna.
Recebei-me pela honra e glória do vosso nome, visto terdes preparado o vosso Corpo e sangue para alimento de minha alma.
Concedei-me, Senhor Deus, que pela frequência do vosso Sacramento vá sempre crescendo em mim o fervor da piedade.
(Imit. IV. 1. 4)."
Referência bibliográfica:
ADOREMUS. Manual de orações e exercícios piedosos. Dom Frei Eduardo, O.F.M. XXVII edição. Salvador/Bahia. Editora Mensageiro da fé.(Sem data, aproximado ao ano de 1930). p. 86-96.
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe a sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
(I. Cor. 10,11).
LEITURA ESPIRITUAL
Para se fazer, se for possível, na véspera da Santa Comunhão.
Leiam-se, ao menos, alguns pontos.
Jesus Cristo: "Vinde a mim, vós todos que estais em trabalhos e aflições, aliviar-vos-ei.
O pão que hei-de dar-vos, é a minha carne para a vida do mundo.
Tomai e comei, isto é o meu corpo. Quem come deste pão, viverá eternamente.
As palavras que vos tenho dito, são espírito e vida".
O Fiel:
1. - São vossas essas palavras, Senhor Jesus, verdade eterna. São, pois, verdades, devo recebê-las todas com gratidão e fé viva. São vossas, pois Vós as dissestes; e também são minhas, porque as dissestes para minha salvação. De boa vontade as recolho dos vossos lábios, para que sejam mais profundamente gravadas no meu coração. Animam-me palavras tão repassadas de piedade, tão cheias de doçura e amor, mas por outra parte meus próprios pecados me atemorizam, a impureza de minha consciência me afasta da recepção de tão altos mistérios.
Sou atraído pela doçura das vossas palavras: porém me oprime a multidão dos meus pecados.
2. - Mandais que a Vós me chegue com grande confiança, se eu quiser ter parte convosco, e que receba o alimento da imortalidade, se desejar obter a glória e a vida eterna. "Vinde a Mim", dizeis, "vós todos que estais em trabalhos e aflições, e aliviar-vos-ei".
Como são doces e amorosas estas palavras aos ouvidos do pecador, quando Vós, Senhor meu Deus, convidais o pobre e o indigente à comunhão do vosso Santíssimo Corpo!
Mas quem sou eu, Senhor, ousar aproximar-me de Vós! Como! Os céus dos céus não Vos podem abranger, e dizeis: "Vinde a mim todos!?"
3. - Donde vem esta misericordiosa mercê, este inestimável convite? Como me atreverei ir a Vós eu que não sinto em mim nenhum bem que possa dar-me alguma confiança? Como vos poderei acolher em minha casa, depois de ter eu pecado tantas vezes diante de vossa face adorável? Os Anjos e Arcanjos Vos adoram tremendo, penetram-se de temor os Santos e os Justos, e Vós dizeis: "Vinde todos a mim!"
Quem poderia crê-lo, se Vós mesmo, Senhor, não o tivésseis assegurado? E se Vós mesmo não o ordenásseis, quem ousaria aproximar-se de Vós?
4. - Ora, Noé, varão justo, trabalhou durante cem anos na construção de uma arca, para salvar-se nela com poucas pessoas; pois como poderei eu, numa hora, preparar-me, para receber dignamente ao Criador do mundo?
Moisés, vosso grande servo e amigo devotado, fez uma arca de madeira incorruptível e a guarneceu de ouro puríssimo, para guardar nela as tábuas da Lei; e eu, criatura sujeita à corrupção, ousarei receber-Vos tão facilmente a Vós, legislador supremo e autor da vida?
Salomão, o mais sábio dos reis de Israel, gastou sete anos a levantar um templo magnífico à glória do vosso Nome. Celebrou, por espaço de oito dias, a festa de sua dedicação, ofereceu mil hóstias pacíficas; e ao som das trombetas, com santo júbilo, colocou, solenemente, a arca da aliança no lugar que lhe havia preparado.
E eu miserável, o mais pobre dos homens, como Vos receber em minha casa, eu que mal posso consagrar atentamente meia hora à oração; e oxalá que mesmo menos tempo dignamente o fizesse!
5. - Ó Deus meu, que não se fizeram aqueles santos varões para agradar-Vos! Mas, ai de mim, quão pouco é o que eu faço! Quão breve tempo por mim ocupado, quando me disponho à comunhão! Raras vezes estou de todo recolhido, e mais raro ainda me vejo livre de toda distração.
E, certamente, na vossa divina e salutar presença, nenhum pensamento impuro deverá assaltar-me, nem ocupar-me a lembrança de criatura alguma, porque não vou hospedar a um Anjo, senão ao Senhor dos Anjos.
6. - O piedosíssimo Rei David manifestou seu contentamento com toda a efusão da alma, dançando diante da arca de Deus, em memória dos benefícios concedidos, então, a seus pais; preparou órgãos de toda sorte, compôs salmos e fez com que fossem jubilosamente cantados, e, inspirado da graça do Espírito Santo, ele mesmo, com frequência, os cantava ao som da harpa; ensinou ao povo de Israel a louvar, de todo o coração, a Deus, a bendizê-lo e exaltá-lo todos os dias com uníssonas vozes.
Pois, se tanta era então a devoção e o fervor em louvor a Deus diante da arca do Testamento, qual não deve ser agora a minha reverência e devoção e a de todo o povo cristão na presença do augustíssimo Sacramento, na Comunhão do sacratíssimo Corpo de Jesus!
7. - Muito correm a diversos lugares para visitar as relíquias dos Santos, e se maravilham à narração de seus efeitos; contemplam a grandeza dos templos edificados em sua honra, e beijam as suas sagradas relíquias, envoltas em seda e ouro. - E aqui, eis que estais Vós, presente no altar, diante de mim, Deus e Senhor meu, Santo dos Santos, Criador dos homens, Rei dos Anjos. Muitas vezes vão os homens às Igrejas, levados da curiosidade e da novidade das coisas que ainda não viram, e daí o pouco fruto da emenda que colhem, mormente, quando nelas entram sem devoção, e andam com leviandade de uma parte para outra sem verdadeira contrição. Mas aqui, no Sacramento do Altar, estais todo presente, Senhor Jesus, Deus e homem; e todas as vezes que Vos recebemos, digna e devotamente, nos encheis de graça que nos fazem eternamente felizes. E a este banquete sagrado não nos traz nenhuma leviandade nem curiosidade nem satisfação dos sentidos, mas uma fé robusta, férvida esperança e caridade sincera.
8. - Ó Deus invisível, Criador do Mundo, como é admirável o vosso modo de agir conosco! Que doçura e bondade dispensais aos vossos eleitos, dando-vos a eles, neste Sacramento, por alimento. Eis o que transcende toda a nossa compreensão, e que faz especialmente arrebatar os corações piedosos, inflamando-lhes o afeto.
Com efeito, os vossos verdadeiros e fiéis servos que em toda a vida procuram a própria emenda, colhem a miúdo deste digníssimo Sacramento um acréscimo considerável de fervor e de amor pela virtude.
9. - Ó graça admirável e oculta do Sacramento, conhecida somente dos fiéis servos de Jesus, e que não pode ser experimentada pelos infiéis e escravos do pecado! É neste Sacramento que se confere a graça espiritual, se recobra, na alma, a força perdida, restitui-se a formosura que a fealdade do pecado lhe tinha roubado.
E esta graça é, algumas vezes, tão abundante, que, pela plenitude da piedade que ela inspira, não só o espírito, como mesmo o corpo débil, sente aumentar as forças.
10. - Por isso, devemos sentir e chorar amargamente nossa tibieza e negligência, vendo o pouco fervor com que recebemos a Jesus, em quem reside toda esperança e todo mérito dos que hão-de salvar. Pois, é Ele a nossa santificação e redenção; Ele é a consolação dos viandantes e a eterna felicidade dos Santos. Quanto não é, pois, para chorar o pouco caso que muitos fazem deste mistério que é a alegria do céu e a salvação do mundo!
11. - Sem dúvida, se este Santíssimo Sacramento se celebrasse em um só lugar, e se consagrasse por um só Sacerdote em todo o mundo, com quanto desejo e afeto não acudiriam os homens para ali e para aquele ministro de Deus, a fim de vê-lo celebrar os divinos mistérios?
Agora, porém, há muitos sacerdotes, e Jesus Cristo se oferece em muitos lugares, para que a graça e o amor de Deus pelo homem tanto mais brilhem, quanto mais profusamente for, pelo mundo, distribuída a Sagrada Comunhão.
Graças Vos sejam dadas, ó bom Jesus, Pastor eterno, que Vos dignastes nutrir a nós, pobres exilados, com o vosso Corpo e precioso Sangue, convidando-nos, com palavras de vossos próprios lábios, a receber estes santos mistérios, dizendo: "Vinde a Mim vós todos que estais em trabalhos e aflições e aliviar-vos-ei".
12. - Ó bom Jesus, Salvador Santíssimo, dignai-Vos suprir benigna e graciosamente, o que me falta; é na verdade, com o suor do meu rosto que trabalho. Meu coração está passado de dor; acabrunham-me os meus pecados. Vivo atribulado de tentações, cercado e oprimido de muitas paixões, e não há quem me possa socorrer, livrar e salvar, senão Vós, meu Deus e Salvador, em cujas mãos me entrego com tudo o que me pertence, para que me guardeis e conduzais à vida eterna.
Recebei-me pela honra e glória do vosso nome, visto terdes preparado o vosso Corpo e sangue para alimento de minha alma.
Concedei-me, Senhor Deus, que pela frequência do vosso Sacramento vá sempre crescendo em mim o fervor da piedade.
(Imit. IV. 1. 4)."
Referência bibliográfica:
ADOREMUS. Manual de orações e exercícios piedosos. Dom Frei Eduardo, O.F.M. XXVII edição. Salvador/Bahia. Editora Mensageiro da fé.(Sem data, aproximado ao ano de 1930). p. 86-96.
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