sábado, 26 de julho de 2025

ORAÇÃO ABRASADA

"ORAÇÃO ABRASADA

 

1º Dia: Suscitai homens de Vossa destra

1 – Lembrai-Vos, Senhor, de Vossa Congregação que possuístes em Vosso Espírito desde toda a eternidade, ao pensardes nela desde o Princípio, que possuístes em Vossas mãos, quando tirastes o Universo do nada desde o Princípio; que possuístes em Vosso Coração, quando Vosso amado Filho, morrendo na Cruz, a regou com Seu Sangue e a consagrou por Sua morte, confiando-a a Sua Mãe Santíssima.

2 – Atendei, Senhor, aos desígnios de Vossa misericórdia, suscitai os homens de Vossa destra, tais como os mostrastes a alguns de Vossos maiores servos, dando-lhes conhecimentos proféticos: a um São Francisco de Paula, a um São Vicente Ferrer, a uma Santa Catarina de Siena e a tantas outras grandes almas no século passado, e até neste em que vivemos.

3 – Memento: Onipotente Deus, lembrai-Vos desta Companhia ostentando sobre ela a onipotência de Vosso braço, a qual não diminuiu, para fazê-la nascer e conduzi-la à perfeição. Renovai os prodígios, fazei milagres novos. Sintamos o auxílio de Vosso braço.

Ó grande Deus, que das pedras brutas podeis fazer outros tantos filhos de Abraão, dizei uma só palavra como Deus e hão de vir bons operários para a Vossa messe e bons missionários para a Vossa Igreja.

4 – Memento: Deus de bondade, lembrai-Vos de Vossas antigas misericórdias, e por essas mesmas misericórdias, lembrai-Vos desta Congregação; lembrai-Vos das promessas reiteradas que nos fizestes, por Vossos profetas e pelo Vosso próprio Filho, de nos atender em nossos pedidos juntos. Lembrai-Vos das preces que há tantos séculos Vossos servos e servas Vos dirigiram neste sentido; venham a Vossa presença Seus votos, Seus soluços, Suas Lágrimas e Seu Sangue derramado, e poderosamente solicitem a Vossa misericórdia. Mas lembrai-Vos, sobretudo, de Vosso amado Filho: “Lançai os olhos sobre a Face de Vosso Cristo”. Sua Agonia, Sua confusão, Seu amoroso queixume no Horto das Oliveiras quando disse: “Para que serve Meu Sangue?”, Sua cruel morte e Seu Sangue derramado altamente Vos clamam misericórdia, a fim de que, por meio desta Congregação, seja Seu Império estabelecido sobre os escombros de Vossos inimigos.

5 – Memento: lembrai-Vos, Senhor, desta Comunidade nos efeitos de Vossa Justiça. “É tempo de agir, Senhor, lançaram por terra a Vossa Lei”: é tempo de cumprir o que prometestes. Vossa Divina Lei é transgredida; Vosso Evangelho, abandonado; torrentes de iniquidade inundam toda a Terra, e arrastam até os Vossos servos; a Terra toda está desolada, a impiedade está sobre o Trono, Vosso Santuário é profanado e a abominação entrou até no lugar Santo. Deixareis tudo assim até ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Tornar-se-á tudo afinal como Sodoma e Gomorra? Calar-Vos-ei sempre? Tolerareis sempre? Não cumpre que seja feita a Vossa Vontade assim na Terra como no Céu, e que venha a nós o Vosso Reino? Não mostrastes antecipadamente a alguns de Vossos amigos uma futura renovação de Vossa Igreja? Não devem os judeus converter-se à Verdade? Não é esta a expectativa da Igreja? Não Vos clamam todos os Santos do Céu por justiça: Vingai? Não Vos dizem todos os justos da Terra: Amém. Vem, Senhor Jesus? Todas as criaturas, até as mais insensíveis, gemem sob o peso dos pecados inumeráveis de Babilônia e pedem a Vossa Vinda para restabelecer todas as coisas: “Todas as criaturas gemem”.

 

2º Dia: Desapegados de todo afeto terreno

6 – Senhor Jesus, lembrai-Vos de dar a Vossa Mãe uma nova companhia, a fim de, por Ela renovar todas as coisas, e terminar por Maria os anos da graça como por Ela os começastes. Dai filhos e servos a Vossa Mãe; quando não, fazei que eu morra.

É por Vossa Mãe que Vos imploro. Lembrai-Vos de Suas entranhas e de Seu seio, e não me rejeiteis; lembrai-Vos de Quem sois Filho, e atendei-me; lembrai-Vos do que Ela é para Vós e do que Sois para Ela, e satisfazei meus votos.

Que Vos peço eu? – Nada em meu favor, tudo para a Vossa glória.

Que Vos peço eu? –O que podeis, e até ouso dizer, o que deveis conceder-me, como Deus verdadeiro que Sois, a Quem todo Poder foi dado no Céu e na Terra, e como o melhor de todos os filhos, que amais infinitamente Vossa Mãe.

7 – Que Vos peço eu? – Líberos: Sacerdotes livres de Vossa liberdade, desprendidos de tudo, sem pai, sem mãe, sem irmãos, sem irmãs, sem parentes segundo a carne, sem amigos segundo o mundo, sem bens, sem embaraços, sem cuidados e até sem vontade própria.

8 – Líberos: escravos de Vosso amor e de Vossa Vontade, homens segundo Vosso Coração que, sem vontade própria que os macule e faça parar, executem todas as Vossas Vontades e lancem por terra todos os Vossos inimigos, quais novos Davids, com o cajado da Cruz e a funda do Santíssimo Rosário nas mãos.

9 – Líberos: nuvens elevadas da Terra e cheias de celeste orvalho que voem sem empecilhos, de todos os lados, conforme o sopro do Espírito Santo. Foi deles, em parte, que tiveram conhecimento Vossos Profetas, quando perguntaram: “Quem são estes, que voam como nuvens?” – “Iam para onde o Espírito os impelia”.

10 – Líberos: almas sempre a Vossa mão, sempre prontas a obedecer-Vos, à voz de seus superiores, como Samuel: “Eis-me aqui.”, sempre prontas a correr e a tudo sofrer, conVosco e por Vós, como os Apóstolos: “Vamos nós também para morrer com Ele”.

11 – Líberos: verdadeiros filhos de Maria, Vossa Mãe Santíssima, engendrados e concebidos pela Sua caridade, trazidos em Seu seio, presos a Seu peito, nutridos de Seu leite, educados por Sua solicitude, sustentados por Seu braço e enriquecidos de Suas graças.

12 – Líberos: verdadeiros servos da Santíssima Virgem que, como outros tantos São Domingos, vão por toda parte, com o facho lúcido e ardente do Santo Evangelho na boca, e o Santo Rosário na mão, a ladrar como cães, a arder como fogos e a iluminar como sóis as trevas do mundo; e que, por meio de uma verdadeira devoção a Maria Santíssima, isto é, uma devoção interior sem hipocrisia, exterior sem crítica, prudente sem ignorância, terna sem indiferença, constante sem volubilidade e santa sem presunção, esmaguem por todos os lugares onde forem a cabeça da antiga serpente, a fim de que a maldição que sobre ela lançastes seja inteiramente cumprida: “Porei inimizades entre ti e a Mulher, entre a tua raça e a d’Ela. Ela te esmagará a cabeça”.

 

3º Dia: Em luta com o demônio

13 – É verdade, grande Deus, que o demônio há de armar, como predissestes, grandes ciladas ao calcanhar desta Mulher misteriosa, isto é, a esta pequena Companhia de seus filhos que surgirão próximo do Fim do mundo; e que haverá grandes inimizades entre esta bendita posteridade de Maria e a raça maldita de Satanás. Mas é esta uma inimizade toda divina, a única de que sejais Autor: “Porei inimizades.” Porém, esses combates e essas perseguições que os filhos e a raça de Belial farão à raça de Vossa Mãe Santíssima, só servirão para melhor fazer resplandecer o Poder de Vossa graça, a coragem da Virtude dos Vossos servos e a autoridade de Vossa Mãe, pois Lhe destes, desde o começo do mundo, a missão de esmagar esse soberbo, pela humildade de Seu coração e de Seu calcanhar: “Ela esmagará tua cabeça”.

14 – Não é melhor para mim morrer do que Vos ver, meu Deus, todos os dias, tão cruel e impunemente ofendido e, estar eu mesmo, todos os dias, e cada vez mais, em risco de ser arrastado pelas torrentes de iniquidade que se avolumam? Mil mortes me seriam mais toleráveis: enviai-me socorro do Céu ou levai a minha alma.

Se eu não tivesse a esperança de que, mais cedo ou mais tarde, haveis de ouvir este pobre pecador, nos interesses de Vossa glória, como já ouvistes a tantos outros: “Este miserável clamou e o Senhor o ouviu”, pedir-Vos-ia radicalmente com um Profeta: “Tirai-me a vida”. Mas a confiança que tenho em Vossa misericórdia faz-me dizer com outro profeta: “Não morrerei, mas viverei para narrar as obras do Senhor”, até que possa dizer com Simeão: “Agora, Senhor, deixai Vosso servo morrer em paz, segundo a Vossa palavra porque meus olhos viram a Salvação”.

 

4º Dia: Gerados pelo Espírito Santo em Maria

15 – Memento: Divino Espírito Santo, lembrai-Vos de produzir e formar filhos de Deus, com Vossa Divina e Fiel Esposa, Maria. Formastes Jesus Cristo, cabeça dos predestinados com Ela e n’Ela, e é com Ela e n’Ela que deveis formar todos os Seus membros. Nenhuma pessoa divina engendrais na Divindade; mas só Vós formais todas as pessoas divinas fora da Divindade, e todos os Santos que existiram e hão de existir até o Fim do mundo são outras tantas obras de Vosso Amor unido a Maria Santíssima.

16 – O Reino especial de Deus Pai durou até o dilúvio e foi terminado por um dilúvio de água; o Reino de Jesus Cristo foi terminado por um dilúvio de sangue; mas Vosso Reino, Espírito do Pai e do Filho, continua presentemente e será terminado por um dilúvio de fogo, de Amor e de Justiça.

17 – Quando virá este dilúvio de fogo do Puro Amor, que deveis atear toda a Terra de um modo tão suave e tão veemente que todas as nações, os turcos, os idólatras e até mesmo os judeus hão de arder nele e se converter? “Não há quem se esconda de seu calor”. Seja ateado este divino fogo que Jesus Cristo veio trazer à Terra, antes que ateeis o de Vossa cólera que reduzirá toda a Terra a cinzas. “Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da Terra”: enviai à Terra esse Espírito todo de fogo, para nela criar Sacerdotes todos de fogo, por cujo Ministério seja renovada a face da Terra e reformada a Vossa Igreja.

18 – Memento Congregationis tuae: é uma congregação, uma assembleia, uma escolha, uma triagem de predestinados que deveis fazer no mundo e do mundo: “Eu Vos escolhi do meio do mundo”. É um rebanho de pacíficos cordeiros que deveis reunir entre tantos lobos; uma companhia de castas pombas e de águias reais entre tantos corvos; um enxame de laboriosas abelhas entre tantos zangões; uma manada de cervos ágeis entre tantas tartarugas; um batalhão de leões destemidos entre tantas lebres tímidas. Ah! Senhor: “Congregai-nos dentre as nações”; congregai-nos, uni-nos, para    que assim se renda toda a glória ao Vosso Nome Santo e Poderoso.

 

5º Dia: Inteiramente confiantes na Providência

19 – Predissestes esta ilustre Companhia a Vosso Profeta, que a descreve em termos muito obscuros e misteriosos, mas inteiramente divinos:

Vós separastes, ó Deus, para a Vossa descendência uma chuva voluntária; e quando ela enfraqueceu, Vós a reconfortastes.

Vossos animais habitarão nela. Preparastes, ó Deus, em Vossa bondade, o alimento para o pobre.

O Senhor dá a Sua Palavra a Seus arautos, para que a anunciem com grande força.

O Rei dos Exércitos está em poder do Bem-amado, e quem é o ornamento da casa reparte os despojos.

Quando repousais em Vossos domínios, as penas da Pomba são prateadas e a extremidade de seu dorso tem o resplendor do ouro.

Enquanto o Rei do Céu dispersa os reis no país, tudo é branqueado pela neve no Monte Selmon. A montanha de Deus é uma montanha fértil.

É uma montanha imponente, uma montanha fértil. Por que olhais com admiração, ó montanhas imponentes, a montanha de Deus?

É uma montanha na qual aprouve a Deus morar, e o Senhor habitará nela para sempre.

20 – Qual é, Senhor, esta chuva voluntária que separastes e escolhestes para Vossa enfraquecida descendência, senão estes santos missionários, filhos de Maria, Vossa Esposa, aos quais deveis congregar e separar do comum dos homens, para o bem de Vossa Igreja, tão debilitada e maculada pelos crimes de seus filhos?

21 – Quem são estes animais e estes pobres que habitarão em Vossa herança, e serão aí nutridos com a divina doçura que lhes haveis preparado, senão estes pobres missionários abandonados à Providência e que transbordarão de Vossas mais divinas delícias; quem são eles senão estes misteriosos animais de Ezequiel, que hão de ter a humanidade do homem, por sua desinteressada e benfazeja caridade para com o próximo; a coragem do leão, por sua santa cólera e por seu ardente e prudente zelo contra os demônios e os filhos de Babilônia; a força do boi, por seus trabalhos apostólicos e por sua mortificação contra a carne; e finalmente a agilidade da águia, por sua contemplação em Deus? Tais hão de ser os missionários que quereis enviar a Vossa Igreja. Terão olhos de homem para o próximo, olhos de leão contra Vossos inimigos, olhos de boi contra si próprios e olhos de águia para Vós.

22 – Estes imitadores dos Apóstolos pregarão com uma grande força e virtude, tão grande e tão deslumbrante que hão de comover todos os espíritos e todos os corações nos lugares em que pregarem. A eles é que haveis de dar Vossa Palavra: “Eu vos darei uma palavra cheia de Sabedoria, à qual não poderão resistir, nem contradizer, nenhum de Vossos inimigos”.

23 – É entre estes prediletos que tomareis vossas complacências, na qualidade de Rei das virtudes de Jesus Cristo, o Bem-amado, pois em todas as suas missões não terão outro fim senão dar-Vos toda a glória dos despojos que arrebatarem a Vossos inimigos.

24 – Por seu abandono à Providência e sua devoção a Maria, terão as asas prateadas da Pomba, isto é, a pureza da Doutrina e dos Costumes; e douradas as costas, isto é, uma perfeita caridade para com o próximo para suportar-lhe os defeitos e um grande amor a Jesus Cristo para carregar a sua cruz.

25 – Só Vós, como Rei dos Céus e Rei dos reis, haveis de separar do comum dos homens estes missionários como outros tantos reis, para torná-los mais brancos que a neve sobre a montanha de Selmon, montanha de Deus, montanha abundante e fértil, montanha forte e coagulada, montanha na qual Deus Se compraz maravilhosamente, e na qual habita e há de habitar até o fim.

Quem é, Senhor Deus da verdade, esta montanha misteriosa de que nos dizeis tantas maravilhas, senão Maria, Vossa dileta Esposa, cujos fundamentos pusestes sobre o cimo das mais altas montanhas? Os seus fundamentos estão sobre os Montes Santos. Monte no cume dos montes.

Felizes e mil vezes felizes os Sacerdotes que tão bem escolhestes e predestinastes para habitar Convosco nessa abundante e divina montanha, para aí se tornarem reis da eternidade, por seu desprezo da Terra e sua elevação em Deus; para aí se tornarem mais brancos do que a neve por sua união a Maria, Vossa Esposa toda formosa, toda pura e toda Imaculada; para aí se enriquecerem do orvalho do Céu e do húmus da Terra, de todas as bênçãos temporais e eternas de que está toda cheia Maria Santíssima.

É do alto desta montanha que lhe hão de lançar, quais novos Moisés, por suas ardentes súplicas, dardos contra seus inimigos para os prostrar ou para os converter.

É sobre esta montanha que hão de aprender da própria boca de Jesus Cristo, que aí habita para sempre, o significado das Suas oito Bem-aventuranças.

É sobre esta montanha de Deus que com Ele hão de ser transfigurados, como no Tabor, que hão de morrer com Ele, como no Calvário, e que hão de subir com Ele ao Céu, como no Monte das Oliveiras.

 

6º Dia: Que apaguem o fogo na Casa de Deus

26 – Memento Congregationis tuae. Só a Vós compete formar, por Vossa graça, esta assembleia; se o homem nela puser primeiro a mão, nada se fará; se nela misturar algo do próprio com o que é Vosso, estragará tudo, arruinará tudo. Tuae Congregationis: é obra Vossa, grande Deus. Opus tuum fac: fazei Vossa obra toda divina; juntai, convocai, reuni de todas as partes de Vossos domínios os Vossos eleitos, para deles fazer um corpo de Exército contra Vossos inimigos.

27 – Vede, Senhor Deus dos Exércitos, os capitães que formam companhias completas, os potentados que reúnem Exércitos numerosos, os navegadores que armam frotas inteiras, os mercadores que se congregam em grande número nos mercados e nas feiras! Quantos ladrões, ímpios, ébrios e libertinos se unem em massa contra Vós todos os dias, tão fácil e prontamente: basta soltar um assobio, rufar um tambor, mostrar a ponta embotada de uma espada, prometer um ramo seco de louros, oferecer um pedaço de terra amarela ou branca; basta, em poucas palavras, uma fumaça de honra, um interesse de nada e um mesquinho prazer animal que se tem em vista para, num instante, reunir os ladrões, ajuntar os soldados, agrupar os batalhões, congregar os mercadores, encher as casas e os mercados, e cobrir a Terra e o mar com uma multidão inumerável de réprobos que embora divididos todos entre si, ou pelo afastamento dos lugares, ou pela diversidade dos gênios, ou por seus próprios interesses – se unem entretanto todos até a morte, para fazer-Vos guerra sob o estandarte e o comando do demônio.

28 – E Vós, grande Deus, embora haja tanta glória, doçura e proveito em servir-Vos, quase ninguém tomará o Vosso partido? Quase nenhum soldado se alistará sob Vossos estandartes? Quase nenhum São Miguel clamará no meio de seus irmãos, cheio de zelo pela Vossa glória: “Quem como Deus?”. Ah! Permiti-me bradar por toda parte: Fogo, fogo, fogo! Socorro, socorro, socorro! Fogo na casa de Deus, fogo nas almas, fogo até no Santuário! Socorro, que assassinam nosso irmão; socorro, que degolam nossos filhos; socorro, que apunhalam nosso bom pai!

29 – “Quem for do Senhor, junte-se a mim!”: que venham todos os bons Sacerdotes espalhados pelo mundo cristão, quer os que estejam atualmente no combate, quer os que se tenham retirado da confusão da batalha para os desertos e ermos; que venham estes bons Sacerdotes e se unam a nós – a união faz a força – Vis uníta fit fórtior, a fim de formarmos, sob o estandarte da Cruz, um Exército em boa ordem de batalha e bem disciplinado para de concerto atacar os inimigos de Deus que já tocaram a rebate: Bramiram, rangeram dos dentes, agitaram-se, multiplicaram-se. “Rompamos os liames com que nos ataram e lancemos longe de nós o seu jugo. Aquele que habita no Céu zombará deles”.

30 – “Levante-se Deus, e sejam dispersos os seus inimigos”! “Acordai, Senhor, por que pareceis dormir? Despertai”! Erguei-Vos, Senhor! Por que pareceis dormir? Erguei-Vos em Vossa onipotência, em Vossa misericórdia e em Vossa Justiça para formar uma companhia seleta de guardas que velem a Vossa casa, defendam a Vossa glória e salvem as vossas almas, a fim de que haja um só rebanho e um só Pastor, e que todos Vos rendam glória em Vosso Templo! Amém.

Deus só."

São Luís Maria Grignion de Montfort


Referência:

SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. 

TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM. 4.ª edição. São Paulo, julho de 2021. Editora Retornarei Ltda. p. 223-236

 

 

 

 

 

 


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