terça-feira, 18 de abril de 2017

NA TRIBULAÇÃO

"Só sabe quem sofre1Então Jó respondeu: 2"Se pudessem pesar a minha aflição, e colocar na balança a minha desgraça, 3seriam mais pesadas que a areia do mar!"
(Antigo Testamento. Jó 6,1-3.).
Referência bibliográfica:
BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. Paulus: 52.ª impressão, 2004. p. 643.

"Na tribulação
Senhor meu Deus, sede bendito agora e sempre, porque tudo foi feito segundo o que quereis e é bom o que fazeis. Pai justo e sempre digno de louvores, é chegada a hora em que há-de ser provado o Vosso servo. Pai amoroso, é de justiça que eu sofra alguma coisa. Pai sempre adorável, o momento que de toda a eternidade prevíeis havia de vir; ei-lo chegado,  para que o Vosso servo, por um pouco de tempo esteja abatido no exterior, a fim de viver para sempre em Vós, verdadeira e interiormente.
Seja embora eu por um instante abatido, humilhado e reduzido a nada diante dos homens, oprimido de sofrimentos e enfermidades, a fim de que ressuscite convosco na aurora de um novo dia, e entre na posse da glória no paraíso.
Pai Santo, assim o determinastes, deste modo o quisestes, e como mandastes, assim foi feito.
Pois que é uma graça que fazeis àqueles que Vós amais, o padecerem eles dores e tribulações neste mundo. Sem o Vosso desígnio e sem a Vossa providência nada se faz na terra. Para mim é bom, Senhor, que me tenhas humilhado, para que eu aprenda as Vossas justificações, e desterre do meu coração toda a soberba e presunção.
Graças Vos dou por não me terdes poupado o sopro da adversidade, antes me terdes castigado severamente, infligindo-me dores, e acabrunhando-me por todos os lados de angústias.
Não há ninguém debaixo do céu capaz de me consolar, senão Vós só, Senhor meu Deus, médico celeste das almas, que feris e sarais, que nos conduzis até as portas da morte, e delas tornais a tirar-nos.
Abandono-me com tudo o que me pertence, à Vossa punição, pois é preferível ser castigado nesta vida a sê-lo na outra. Vós sabeis tudo, e não há nada na consciência humana que Vos seja oculto. Sabeis o que mais convém a minha salvação, e como me é útil a tribulação para limpar a ferrugem dos vícios.
Fazei-me, Senhor, possível pela graça, o que pela natureza parece-me impossível. Bem sabeis, quão pouco posso padecer, e como repentinamente me abato pela menor contrariedade. Permití, pois, ó meu Jesus, que se me torne aprazível e amável, pelo Vosso Nome, qualquer que seja a prova e tribulação, visto como é no experimentar dores e aflições por Vosso amor, que minha alma achará sua salvação. Amém."
ADOREMUS. Manual de orações e exercícios piedosos. Dom Frei Eduardo, O.F.M. XXVII edição. Salvador/Bahia. Editora Mensageiro da fé.(Sem data, aproximado ao ano de 1930). p. 329-331.

"SALMO 146 (145)
Deus é fiel aos oprimidos
1Aleluia!
      Louve a Javé, ó minha alma!
2Vou louvar a Javé, enquanto eu viver.
     Vou tocar ao meu Deus, enquanto existir!

3Não coloquem a segurança nos poderosos,
      num homem que não pode salvar!
4Exalam o espírito e voltam ao pó,
      e no mesmo dia perecem seus planos!

5Feliz quem se apoia no Deus de Jacó,
     quem coloca sua esperança em Javé seu Deus.
6Foi ele quem fez o céu e a terra,
     o mar e tudo que nele existe.

     Ele mantém sua fidelidade para sempre,
7fazendo justiça aos oprimidos,
     e dando pão aos famintos.
     Javé liberta os prisioneiros.
8Javé abre os olhos dos cegos. 
     Javé endireita os encurvados.
     Javé ama os justos.
9Javé protege os estrangeiros,
     sustenta o órfão e a viúva,
     mas transtorna o caminho dos injustos.
10Javé reina para sempre.
    O teu Deus, ó Sião,
    reina de geração em geração!
 Aleluia!"
Referência bibliográfica:
BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. Paulus: 52.ª impressão, 2004. p. 829-830.

Explicação bíblica:
"Sl 146: Hino de louvor, proclamando a fidelidade de Deus, que fundamenta a confiança do povo.
1-2: Uma pessoa convida a comunidade a louvar, confessando a sua fé.
3-4: Exortação a não absolutizar a pessoa humana. Também os poderosos têm vida frágil e passageira.
5-6a: O único a merecer confiança absoluta é o Deus vivo, que se aliou com o povo.
6b-10: O motivo central do louvor é a fidelidade ao Deus vivo que age na história, fazendo justiça aos oprimidos e libertando os necessitados. Sua ação, porém, implica também a destruição da injustiça. É assim que se constitui o Reino de Deus. Jesus fez disso o seu projeto (cf. Lc 4,16-21)."
Referência bibliográfica:
BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. Paulus: 52.ª impressão, 2004. p. 829-830.


"SALMO 69
Ó Deus, vinde em meu auxílio; 
* Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.
Cubram-se de confusão e de vergonha, 
* os que procuram tirar-me a vida.
Afastem-se de mim, cheios de confusão, 
* aqueles que tramam a minha ruína.
Retirem-se de mim, cheios de rubor 
* aqueles que me insultam em minha miséria.
Exultem e se alegrem em Vós todos os que Vos buscam 
* e digam sempre: Louvemos ao senhor. E assim o repitam os que de Vós esperam a salvação.
Eu, porém, sou pobre e necessitado, 
* Deus, socorrei-me.
Meu auxílio sois Vós e meu libertador, 
* Senhor, não tardeis.
Glória ao Pai e ao Filho 
* e ao Espírito santo.
Assim como era no princípio, agora e sempre 
* e por todos os séculos dos séculos. Amém.
V. Meu Deus, salvai os Vossos servos.
R.Que esperam em vós.
V. Sede-nos, Senhor, uma torre forte.
R. Contra os ataques do inimigo. 
V. Nada possa o cruel inimigo contra nós.
R. E não chegue a empecer-nos o malévolo filho da iniquidade.
V. Senhor, não nos trateis  conforme os nossos pecados.
R. Nem nos castigueis segundo nossas culpas.
V. Oremos pelo nosso Pontífice... (falar o nome do Santo Papa).
R. O Senhor o conserve e lhe dê vida, o faça feliz na terra, e o livre das mãos dos seus inimigos.
V. Oremos pelos nossos benfeitores.
R. Dignai-Vos, Senhor, pelo Vosso nome, conceder a vida eterna a todos os que nos fazem bem.
V. Oremos pelos fiéis defuntos.
R. Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso entre os resplendores da luz perpétua.
V. Descansem em paz.
R. Amém.
V. Oremos por nossos irmãos ausentes.
R. Meu Deus, salvai os Vossos servos, que esperam em Vós.
V. Socorrei-os, Senhor, do Vosso santuário.
R. E protegei-os da celestial Sião.
V. Ouví Senhor a minha súplica.
R. E chegue a Vós o meu clamor.
V. .O senhor seja convosco.
R. E com vosso espírito.

OREMOS: Ó Deus, a quem sempre é próprio o compadecer e o perdoar; recebei a nossa súplica; e fazei, por Vossa clementíssima piedade, que assim como os outros Vossos servos, sejamos inteiramente soltos da cadeia de nossos delitos.
Ouví, Senhor, os humildes rogos e perdoai os pecados dos que fielmente Vos confessam, para que, ao mesmo tempo, recebamos da Vossa bondade, o perdão e a paz.
Senhor, ostentai sobre nós a Vossa inefável misericórdia, de modo que, absolvendo-nos de todos os nossos pecados, nos livreis igualmente das penas, que por eles havemos merecido.
Ó Deus, a quem a culpa ofende e a penitência aplaca, recebei propício as humildes súplicas do Vosso povo e apartai de nós os flagelos de Vossa ira, que merecemos pelos nossos pecados.
Onipotente e eterno Deus, tende piedade de Vosso servo, o nosso Santo Padre... (falar o nome do Santo Papa), e o conduzí, segundo a Vossa clemência, pelo caminho da salvação eterna , para que, mediante a Vossa graça, execute sempre com todo o esforço o que for do Vosso agrado.
Ó Deus, de quem dependem os santos desejos, retos conselhos e virtuosas obras, concedei a Vossos servos aquela paz que o mundo não pode dar, para que, aplicando os nossos corações à observância dos Vossos preceitos, e desterrado o temor dos nossos inimigos, gozemos com a Vossa proteção, de tempos tranquilos.
Senhor, abrasai os nossos rins e o nosso coração com o fogo do Espírito Santo, para que a Vós com casto corpo sirvamos e com puro coração Vos agrademos.
Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis, concedei às almas de Vossos servos e servas a benigna remissão de todos os seus pecados, para que alcancem pelas pias súplicas a indulgência a que sempre suspiram.
Senhor, Vos suplicamos que Vos antecipeis a promover e ajudar as nossas obras, para que todas as nossas orações e ações sempre por Vós tenham princípio e se completem.
Onipotente e eterno Deus, Vós sois supremo Senhor dos vivos e dos mortos, e fazeis misericórdia a todos os que, pela sua fé e boas obras, antecipadamente conheceis que serão do glorioso número de Vossos fiéis predestinados. Nós Vos suplicamos que os mesmos, por quem Vos pedimos - ou estejam ainda em carne mortal neste mundo, ou despidos já do corpo hajam passado para a outra vida - alcancem da Vossa pia clemência, pela intercessão de todos os Vossos Santos, o benigno perdão de todos os seus pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho que convosco vive e reina em unidade de Deus Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
R. Amém. 
V. O senhor seja convosco.
R. E com o vosso espírito. 
V. O onipotente e misericordioso Senhor se digne de nos ouvir.
R. Amém.
V. E as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
R. Amém."
ADOREMUS. Manual de orações e exercícios piedosos. Dom Frei Eduardo, O.F.M. XXVII edição. Salvador/Bahia. Editora Mensageiro da fé.(Sem data, aproximado ao ano de 1930). p. 318-324.


"ATO DE RESIGNAÇÃO À VONTADE DE DEUS
(De Sta. Gertrudes)
Pai onipotente santíssimo, ainda que eu não seja mais que uma pobre e vil criatura, dignai-Vos permitir-me renunciar nas Vossas mãos a minha própria vontade.
Eu me ofereço e sacrifico inteiramente à Vossa divina vontade. Desejo que esta amabilíssima vontade se cumpra sempre em mim, tanto no corpo como na alma, no tempo e na eternidade.
Unindo-me àquela divina resignação com que Jesus se entregou no Horto das Oliveiras à Vossa santíssima vontade, apropriando-me de sua intenção, de sua palavra, e de seu coração, digo-Vos e torno a dizer-Vos mil vezes:
"Ó meu Pai, Vossa vontade e não a minha se cumpra no tempo e na eternidade!"
Ó bom Jesus, eu me ofereço a Vós, e me entrego nas Vossas mãos, com a disposição de bem receber as aflições e adversidades que me ameaçam. Recebê-las-ei de bom grado, e as suportarei com toda a paciência de que eu for capaz, unindo-me ao amor com que recebestes as penas, as injúrias, e as calúnias que Vosso Pai permitiu.
Dignai-Vos conceder-me a paciência e as forças necessárias para suportar com ânimo estas tribulações que vão cair sobre mim, e fazei que sirvam para Vossa glória, para minha salvação e a de todos os pecadores e para alívio das almas do purgatório. Amém."
ADOREMUS. Manual de orações e exercícios piedosos. Dom Frei Eduardo, O.F.M. XXVII edição. Salvador/Bahia. Editora Mensageiro da f.(Sem data, aproximado ao ano de 1930). p. 331-332.

"17Pois a nossa tribulação momentânea é leve, em relação ao peso extraordinário da glória eterna que ela nos prepara. 18Não procuramos as coisas visíveis, mas as invisíveis; porque as coisas visíveis duram apenas um momento, enquanto as invisíveis duram para sempre."
(Evangelho: 2 Coríntios 4,17-18.).
Referência bibliográfica:
BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. Paulus: 52.ª impressão, 2004. p. 1484.

"Maria oferece-lhes a carícia da sua consolação materna e diz-lhes: "Não se perturbe o teu coração. [...] Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?"213".
Referência bibliográfica:
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA EVANGELII GAUDIUM A ALEGRIA DO EVANGELHO DO PAPA FRANCISCO. 1.ª edição. Paulinas. 2013. p. 225. 

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