"DESPOJAMENTO: EXIGÊNCIA DO REINO - Mc 10, 17-27
Dom Jaime Spengler
Dom Jaime Spengler
O texto do Evangelho apresenta Jesus caminhando em direção a Jerusalém, "quando veio alguém correndo, caiu de joelhos diante dele e perguntou: Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?"
Esse alguém procura, naquele mestre bom, a luz para orientar sua vida. Jesus lhe recorda os mandamentos. Igualmente lhe apresenta um preceito: "Não prejudicarás ninguém".
Aquele indivíduo afirma, cheio de segurança - se poderia dizer: de boca cheia! -, que sempre observou tudo o que Jesus lhe estava recordando.
"Jesus, fitando-o, com amor lhe disse: só te falta uma coisa...". Na verdade, não lhe falta 'uma' coisa, mas tudo. Aquele 'alguém' seguia os mandamentos, observava rigorosamente a religião, entretanto, era um indivíduo angustiado e preocupado.
Para ser feliz ele deverá fazer outros felizes. Este homem aproxima-se de Jesus para obter algo mais, para receber algo para a sua vida espiritual e Jesus convida a doar-se totalmente. Seguir despojadamente e o Senhor lhe proporcionará "um tesouro no céu!"
Jesus o convida a reorientar sua vida. É preciso acolher uma nova lógica, segundo a qual não se pode viver apegado às próprias posses, mas se deve ajudar os pobres e, inserindo-se no grupo dos discípulos, seguir o Senhor.
Esta orientação é demasiada! Aquele 'alguém' esqueceu o olhar cheio de amor de Jesus e foi embora triste. Essa pessoa acreditava possuir bens, mas na verdade era possuída por eles.
Diante do acontecido, Jesus se dirige aos discípulos, alertando-os. No Reino de Deus, pessoas possuídas pelos bens materiais (ricos), não conseguem entrar. Conforme Jesus, a segurança e a felicidade estão na capacidade de partilhar os bens com os irmãos e as irmãs."
(Evangelho: Mc 10, 17-27).
Esse alguém procura, naquele mestre bom, a luz para orientar sua vida. Jesus lhe recorda os mandamentos. Igualmente lhe apresenta um preceito: "Não prejudicarás ninguém".
Aquele indivíduo afirma, cheio de segurança - se poderia dizer: de boca cheia! -, que sempre observou tudo o que Jesus lhe estava recordando.
"Jesus, fitando-o, com amor lhe disse: só te falta uma coisa...". Na verdade, não lhe falta 'uma' coisa, mas tudo. Aquele 'alguém' seguia os mandamentos, observava rigorosamente a religião, entretanto, era um indivíduo angustiado e preocupado.
Para ser feliz ele deverá fazer outros felizes. Este homem aproxima-se de Jesus para obter algo mais, para receber algo para a sua vida espiritual e Jesus convida a doar-se totalmente. Seguir despojadamente e o Senhor lhe proporcionará "um tesouro no céu!"
Jesus o convida a reorientar sua vida. É preciso acolher uma nova lógica, segundo a qual não se pode viver apegado às próprias posses, mas se deve ajudar os pobres e, inserindo-se no grupo dos discípulos, seguir o Senhor.
Esta orientação é demasiada! Aquele 'alguém' esqueceu o olhar cheio de amor de Jesus e foi embora triste. Essa pessoa acreditava possuir bens, mas na verdade era possuída por eles.
Diante do acontecido, Jesus se dirige aos discípulos, alertando-os. No Reino de Deus, pessoas possuídas pelos bens materiais (ricos), não conseguem entrar. Conforme Jesus, a segurança e a felicidade estão na capacidade de partilhar os bens com os irmãos e as irmãs."
(Evangelho: Mc 10, 17-27).
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLVI. 14/10/2018. R12. Ano B, nº 2746. Tempo Comum - 28 Domingo. Pallotti ArtLaser: Porto Alegre, 2018.
"TENTAÇÃO E SEGUIMENTO - Mt 4, 1-11
Dom Jaime Spengler
Diante das tentações, Jesus ordena a Satanás que se retire: "Vai embora, Satanás". Satanás lhe propunha um modo de ser filho diferente daquele de se saber irmão. Isto Jesus não pode aceitar!
As tentações apresentam um modo de ver e compreender a vida como propriedade e não como dom. Como propriedade, ela pode ser manipulada. Se compreendida como dom, tudo se torna oportunidade para o exercício da solidariedade, a fim de que todos possam ter vida e vida em abundância.
As tentações expressam a possibilidade de o ser humano não reconhecer que é filho e que pode participar da vida de Deus. Possuir o alimento garante ao ser humano a vida animal; possuir a pessoa garante a vida humana; possuir Deus garante autossuficiência. Ora, os ídolos do ter, do poder e do apossar-se indicam a estrutura do mundo. A tal realidade Deus responde com o dar-se e o pôr-se a serviços de todos.
O caminho de Deus é um caminho de amor, de serviço e de partilha. O caminho de Satanás é um caminho de egoísmo, divisão e morte.
Observe-se que, nas tentações, o mal apresenta-se como um bem. Diante desta realidade é necessário cultivar o discernimento.
Jesus desmascara Satanás, e diz: "Vai embora". Mais tarde, Pedro lhe propõe algo semelhante ao que satanás propôs a Jesus no início de sua missão. No entanto, diante da proposta de Pedro, Jesus lhe ordena: "Vai para trás de mim"; isto é, Pedro (referência maior da comunidade de fé!) deve seguir Jesus!
Assim, também nós, quando nos sentimos tentados, somos exortados a assumir ainda com maior determinação o desafio de seguir o Senhor."
(Evangelho: Mt 4, 1-11).
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLIV. 05/03/2017. R3. Ano A, nº 2649. Tempo da Quaresma - 1º Domingo. Pallotti: Porto Alegre, 2017.
Dom Jaime Spengler
São Lucas recorda que Deus é Pai rico de ternura e misericórdia. Ele enche-se de alegria quando vê um pecador que se converte, um filho afastado que volta para casa.
Deus 'nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a misericórdia'. Jesus mostra que 'a misericórdia é força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão'.
O texto do Evangelho apresenta o tema da conversão. O Senhor não exclui ninguém! É o ser humano que se exclui, excluindo seu semelhante. O Senhor, porém, deseja recuperar aquele que, excluindo o semelhante, exclui-se da intimidade do Pai.
Importa notar que 'todos os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para O escutar'. No entanto, há um grupo que murmurava contra Ele; o grupo dos fariseus e escribas.
O Evangelista recorda que Deus é Pai e que usa de misericórdia para com todos, indistintamente.
Jesus dirige a palavra àqueles que murmuravam para abrir-lhes os olhos aos mistérios de Deus. No entanto, eles se compreendem justos. O pecador se sabe necessitado de misericórdia; já que o que se considera justo, a dispensa; não a deseja nem para si e nem para os demais. Assim é expresso todo o drama da pregação de Jesus.
Cada ser humano tem valor único aos olhos do senhor. O afastamento, perda ou ausência de uma só pessoa representa dor irreparável. Prefere Ele se perder, que perder um dos seus amados."
(Evangelho: Lc 15, 1-32).
Referências bibliográficas:
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLIV. 11/09/2016. R11. Ano C, nº 2621. Tempo Comum - 24º Domingo. Pallotti: Porto Alegre, 2016.
"QUEM AMA ESPERA
Dom Jaime Spengler
Quem ama espera e vigia. Abraão é prova disso. Quando Deus o visitou, ele soube reconhecer aquele que vinha ao seu encontro e acreditou. Abrão sentiu-se profundamente amado e lisonjeado pela divina visita. A promessa de terra e descendência, vinda da boca de Deus, foi imediatamente aceita e acreditada por Abraão. Ele prontamente confiou, pegou todas as suas coisas e se lançou a caminho para uma terra desconhecida.
"QUEM AMA ESPERA
Dom Jaime Spengler
Quem ama espera e vigia. Abraão é prova disso. Quando Deus o visitou, ele soube reconhecer aquele que vinha ao seu encontro e acreditou. Abrão sentiu-se profundamente amado e lisonjeado pela divina visita. A promessa de terra e descendência, vinda da boca de Deus, foi imediatamente aceita e acreditada por Abraão. Ele prontamente confiou, pegou todas as suas coisas e se lançou a caminho para uma terra desconhecida.
Diante da provação, Abraão soube confiar no Autor da promessa que conduz à vida, e, por isso, foi abençoado.
Jesus, falando de sua última manifestação, faz referência a uma chegada inusitada. Ele alerta para que todos estejam preparados. Preparados para que possam se alegrar e entrar com Ele na grande e eterna festa.
O modo de se colocar em atitude de espera é marcado pela dinâmica do discipulado: pôr-se no seguimento do Senhor e de seu Evangelho.
Os discípulos sabem esperar. Um dia se sentiram chamados, enamorados, amados por Jesus e esperam sua vinda ou manifestação gloriosa. Eles têm o coração indiviso, totalmente voltado para o Senhor e para a comunidade.
Os discípulos são contemplados na ação. Contemplam o rosto d'Aquele que os encantou, e têm o olhar voltado para as necessidades da comunidade e dos pobres. Estão atentos e constantemente recordam a todos que o Senhor Jesus virá. Com a Igreja pedem, maranathá: vem, Senhor Jesus!"
(Evangelho: Lc 12, 35-40).
Referências bibliográficas:
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLIV. 07/08/2016. R10. Ano C, nº 2616. Tempo Comum - 19º Domingo. Pallotti: Porto Alegre, 2016.
"DEUS É A NOSSA SEGURANÇA
Dom Jaime Spengler
Jesus está no meio da multidão, porque se preocupa com seu povo. Ele ouve o clamor do povo!
Situações familiares de partilha de herança são, por vezes, motivo de desavenças. Quanta dor produzem tais situações.
Jesus não se prende aos aspectos jurídicos da questão. As desavenças nascem da ganância do coração humano, que envenena as relações.
Fala-se da síndrome da escassez, que faz com que a pessoa nunca esteja satisfeita. O livro do Eclesiastes levanta um instigante questionamento: de que adianta acumularmos tantas coisas se elas ficarão para os outros? Vaidade das vaidades!
O problema do homem rico do Evangelho - Jesus não questiona a maneira como ele se tornou rico! - estava na forma como se relacionou com seus bens: mais do que possuí-los, ele se deixou possuir pelos bens. Colocou sua segurança na fortuna. Bastava-se a si mesmo! Mas veio a morte!
A segurança pessoal não pode estar naquilo que a traça corrói e a ferrugem consome. Mas, sim, em bens que não passam, que são perenes.
São Paulo convida a buscar as coisas do alto: o amor oferecido às pessoas e o cultivo das boas obras. Neste "Ano da Misericórdia", a Igreja nos convida a praticar obras de misericórdia, tanto corporais como espirituais."
(Evangelho: Lc 12, 13-21).
Referências bibliográficas:
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLIV. 31/07/2016. R10. Ano C, nº 2615. Tempo Comum - 18º Domingo. Pallotti: Porto Alegre, 2016.
"JESUS NOS ENSINA A REZAR
Dom Jaime Spengler
É possível ser amigo de Deus? Jesus mostra que sim, e ensina a rezar. A Oração é diálogo entre dois amigos: um Eu e um Tu. Entre Deus e cada um de nós! Esse encontro pode ser enriquecido, na comunidade, com a presença dos irmãos. A oração da comunidade é um grande encontro daqueles que têm algo em comum: a intimidade diária com o Senhor.
Abraão experimentou esta proximidade com Deus o qual, inclusive, o visitava. A audácia e a liberdade de intercessão de Abraão nos revelam o grau de intimidade entre ele e Deus.
Jesus revelou que Deus é Pai, e Pai nosso, Ele ama todos, Ele cuida de todos. Deus deseja se encontrar com cada pessoa. É Pai amigo de cada um de seus filhos. Que tal nos arriscarmos a ter uma amizade com ele?
Para isso, precisamos respeitar alguns ritos. Há passos para que Deus se torne íntimo em nossa vida. Ele quer ser único para nós e quer que cada um seja único para Ele. Então, vamos começar? Primeiro precisamos querer e iniciar devagarinho, aproximando-nos aos poucos e olhando com o 'cantinho dos olhos'.
É o tempo que 'gastamos' com alguém que vai tornando essa pessoa especial para nós. Temos a coragem de 'gastar' alguns instantes diários com Deus. Um horário determinado é importante. O local, para o encontro pessoal pode ser a nossa casa. A palavra de Deus é o meio de "puxarmos conversa" com o Senhor. A leitura orante pode ser o método. O desenrolar da conversa será sustentado pelo Espírito Santo. Se nos dispusermos a nos sentar diariamente, com fé e persistência para simplesmente estar com Deus, podemos ter a certeza de que Ele não nos deixará aguardando."
(Evangelho: Lc 10, 25-37).
Referências bibliográficas:
(Evangelho: Lc 10, 25-37).
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLIV. 24/07/2016. R10. Ano C, nº 2614. Tempo Comum - 17º Domingo. Pallotti: Porto Alegre, 2016.
" 'FAZER A MESMA COISA'
Dom Jaime Spengler
O mandamento do amor define a verdade do ser humano em sua relação com Deus, com os outros e consigo mesmo. É o eixo do Antigo e do Novo Testamento. É Boa-Nova: anúncio do dom de um Pai que ama o ser humano com todo o coração e de um filho que ama a Deus com todo o coração e aos irmãos como a si mesmo.
Um doutor da lei pergunta a Jesus: "Que devo fazer para herdar a vida eterna?" Jesus responde: "Amarás". Trata-se de um imperativo. O amor de Deus é uma ordem, pois se trata de sua própria natureza: o ser humano é imagem e semelhança de Deus!
O amor de Deus é sem reservas. É amor "de todo o coração", pois Ele é a fonte deste amor; com "toda a vida", dando tudo por Ele; "com toda a força", fazendo tudo por Ele; "com toda a mente", procurando conhecê-Lo.
Esta mesma intensidade de amor é necessária em relação ao próximo. Amar o outro por causa de Deus não é subtrair-lhe algo, mas aceitar sua verdade e sua dignidade de filho.
Através da figura do bom samaritano, Deus expressa sua misericórdia e seu amor. Assim, cada pessoa humana, tocada de amor, é curada de seu mal e acolhe, como caminho de vida, o serviço do amor a Deus e aos irmãos.
O Senhor é pão da vida que se fez fome para alimentar os que estão a caminho; é água viva que se fez sede para saciar no deserto; é acolhida que se fez exilado, para hospedar na fuga; é glória que se despiu para revestir na vergonha; é força que se fez fraqueza para libertar as cadeias; é filho que se fez escravo para libertar das prisões; é justo que se deixou condenar para a todos libertar e para vencer, em cada ser humano, a inimizade."
(Evangelho: Lc 10, 25-37).
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLIV. 10/07/2016. R9. Ano C, nº 2612. Tempo Comum - 15º Domingo. Pallotti: Porto Alegre, 2016.
(Evangelho: Lc 10, 25-37).
Referências bibliográficas:
O DIA DO SENHOR. Arquidiocese de Porto Alegre. Ano XLIV. 10/07/2016. R9. Ano C, nº 2612. Tempo Comum - 15º Domingo. Pallotti: Porto Alegre, 2016.
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